Bom dia. Como imitarmos a Maria oferecendo-nos a Deus? A santíssima Virgem não se contentou de apresentar a Deus o Cordeiro sem mancha que tira os pecados do mundo; ofereceu-se ainda, a si mesma, com essa augusta vítima da nossa salvação. Durante o santo sacrifício nós também devemos oferecer-nos com tudo o que é nosso. O que temos e somos, tudo é propriedade de Deus por direito de criação, como a obra pertence ao operário, e os bens ao proprietário. A nossa Redenção, operada pelo sangue divino, veio confirmar esse direito do Onipotente. Qual não é, pois, nossa obrigação de oferecer-nos ou antes de restituir-nos a Deus! Jesus, nosso modelo mais valioso do que todo o gênero humano, não hesitou em entregar-se por nós à vontade de seu Pai. E nós, miseráveis e tão pouco dignos de Deus, ousaríamos recusar-lhe o sacrifício das nossas idéias, do nosso espírito, do nosso coração? Pretenderíamos viver independentes do Criador, subtraindo-nos a seus preceitos, desejos e inspirações? Quantas vezes nos lamentamos, quando Deus usa os seus direitos sobre nós, mandando-nos provações! Chegamos até a resistir-lhe, nós, vermes da terra, a quem sua onipotência poderia tão facilmente destruir ou sua justa indignação esmagar, como nós esmagamos um inseto que se mostra rebelde às nossas vontades. Senhor, cada dia cumulais-me de novos benefícios sem nenhum merecimento de minha parte; prometeis-me a mais uma eternidade de venturas se vos for fiel. Quero para o futuro aplicar remédio a essas minhas infidelidades, oferecendo-me a vós em união com Jesus e Maria e a exemplo de Santa Teresa, que o fazia cinqüenta vezes por dia. Boa meditação e Deus te abençoe! Pe. Wagner F. Pereira.
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